OPERAÇÃO JUDAS ISCARIOTES TJ não vê indícios "claros" de participação e solta ex-servidor acusado de roubo a deputada

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Ex-assessor parlamentar da deputada Janaína Riva (MDB), Odnilton Gonçalo Carvalho Campos, conseguiu liberdade provisória por decisão da Terceira Vara Criminal do TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) proferida nesta quarta-feira (4). Ele é acusado de participar de um assalto à casa da parlamentar ocorrido às vésperas do Natal passado. Foi preso dias depois, no âmbito da Operação Judas Iscariotes.
De acordo com a PJC (Polícia Judiciária Civil), um trio — um deles, W.T.A.S., 24 anos — de criminosos conseguiu entrar armado na casa de Riva porque supostamente recebera informações sobre a rotina e as medidas de segurança adotadas por ela. Com as investigações, os policiais chegaram a Odnilton.
Feito por meio de um HC (habeas corpus), o pedido da defesa de Odnilton foi relatado pelo desembargador Juvenal Pereira da Silva. De acordo com ele, o réu trabalha para o pai de Janaina, José Geraldo Riva, por mais de duas décadas, desfrutando de plena confiança da família por todo esse tempo, e não há qualquer indício objetivo ou evidente da participação dele no assalto e cárcere privado.
Ainda conforme o entendimento de Pereira da Silva, a prisão foi baseada somente no fato de ele ser funcionário da Assembleia Legislativa, conhecer a família e assim detentor de informações privilegiadas sobre a casa. O entendimento foi seguido pelos demais membros da Terceira Câmara do TJMT, Rondon Bassil Dower Filho e Gilberto Giraldelli.
O ASSALTO
Toda a ação contra a parlamentar aconteceu nas primeiras horas do dia 24 de dezembro de 2019. Conforme o relato dos policiais militares que atenderam a ocorrência, registrada em boletim, dois homens armados invadiram a casa de Janaina, localizada no Jardim Santa Rosa, após abrir o portão eletrônico e seguiram diretamente para o quarto onde ela dormia com o marido, Diógenes Fagundes, filho do senador Wellington Fagundes.
O casal disse que a dupla foi extremamente violenta e, de armas em punho, eram constantemente truculentos, ameaçando-os de morte com as armas apontadas caso não entregassem tudo que pediam. O tormento durou cerca de dez minutos, tempo suficiente para juntarem os celulares, dinheiro, joias e relógios das vítimas.
A abordagem criminosa foi inteiramente filmada pelas câmeras de segurança. Policiais reconheceram a semelhança de W.T.A.S., que usa tornozeleira eletrônica, com um dos assaltantes e resolveram checar os registros de todas as pessoas monitoradas em trânsito por aquela região. O sinal emitido pelo aparelho preso ao calcanhar de W.T. foi identificado e ele, detido; pois, já na delegacia, as vítimas o reconheceram por foto.
As investigações começaram imediatamente e pelo menos outras duas pessoas foram apontadas como co-participantes do crime. Responsável pelo caso, o delegado Guilherme Fachinelli pediu à justiça cinco mandados de prisão e outros quatro de busca. Todos foram deferidos pelo juiz plantonista da Comarca de Cuiabá. Quatro foram presos imediatamente, ainda com o dinheiro. O ex-assessor, no entanto, foi detido somente em janeiro deste 2020. Um dos celulares da deputada foi achado no dia 25, jogado em um mato no bairro Pascoal Ramos.

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